Heleno seria questionado sobre o suposto uso da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), órgão vinculado ao GSI, para produzir notícias falsas sobre as urnas eletrônicas. O militar também seria perguntado sobre a agenda apreendida na casa dele, com anotações sobre supostas fraudes na eleição. O general seria cobrado a explicar as declarações que fez na reunião ministerial de 5 de julho de 2022.

Após essa etapa, Hele respondeu os questionamentos da própria defesa. Na oportunidade, negou qualquer envolvimentos com um suposto plano de golpe de Estado, respondendo somente "sim" ou "não" às perguntas.

No entanto, em uma das perguntas, sobre a politização do GSI, Heleno deu mais detalhes:

— É uma acusação que não tem o menor fundamento. É preciso entender que o GSI chegava a ter entre 900 e 1 mil servidores, que vinham das mais diferentes origens, homens e mulheres. Não havia clima para fazer pregações políticas, nem utilizar os servidores do GSI para atitudes politizadas. Então, isso não acontecia, eu não tratava disso no GSI — afirmou.

Heleno foi repreendido pelo advogado e ouviu uma brincadeira do ministro Alexandre de Moraes:

— A pergunta é só "sim" ou "não" — alertou o advogado Matheus Milanez.

— Porra, desculpa — respondeu Heleno.

— Não fui eu, general Heleno, que fique nos anais aqui do Supremo, foi o seu advogado — completou Moraes.


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